15 de jan. de 2014

(VÍDEO) Quase três meses depois da invasão do Instituto Royal, quando ativistas retiraram os animais do laboratório em São Roque, no interior de São Paulo, o Ministério Público se aproxima de ter uma conclusão sobre as denúncias de maus-tratos contra os animais. Muitos foram vendidos para serem usados como cobaias na USP, Unicamp e Unesp para testes de odontologia e disfunção erétil, entre outros.

animais-cobaias

De acordo com os documentos que constam no inquérito civil, que segue em segredo de Justiça sob supervisão do promotor Wilson Velasco Júnior. A reportagem do IG, teve acesso a contratos de venda que mostram que, entre agosto de 2010 a maio de 2013, 69 cachorros foram comercializados com acadêmicos ligados a universidades particulares e públicas, como a Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual Paulista. Desse total, 51 foram comprados por pesquisadores da área de odontologia, 15 por professores ou doutorandos da área de veterinária e três por um médico que tem como tema de estudo a disfunção erétil.

Em uma tese de doutorado publicada no site da USP (veja aqui), é possível observar que um dos testes comuns realizados com cães da raça beagle é a extração de alguns dentes para substituição por parafusos ou outras técnicas odontológicas. Apenas para o estudo em questão, foram mortos 5 cães com idade média de 20 a 4 meses. Três meses antes do início do estudo, os pré-molares superiores e inferiores dos cães foram retirados. Para iniciar a tese:

60 mini-parafusos foram colocados na maxila e na mandíbula dos cães. Já no primeiro dia, um cão foi morto e teve parte dos ossos da boca retirados para averiguar a resistência à tração que os parafusos teriam. Os ossos da boca do animal, com os parafusos, foram levados ao teste de resistência à tração. Uma máquina "puxou" estes parafusos até que eles foram retirados dos ossos. A força que a máquina precisa exercer para fazer isso é o objetivo do teste de tração. No 2º, 7º, 15º e 30º dias os outros cães foram mortos e os procedimentos repetidos. Este estudo não foi conduzido no Instituto Royal, mas, por evidências encontradas sobre as atividades do instituto, podemos deduzir que práticas muito semelhantes eram realizadas com os cães que foram resgatados de lá.

#AprovaAlckmin - Projeto de lei que proíbe a utilização de animais para desenvolvimento, experimentos e testes de produtos cosméticos, higiene pessoal, perfumes e seus componentes no Estado de São Paulo foi aprovado pelos deputados paulistas em 11/12/13. A matéria depende agora da sanção do governador Geraldo Alckmin.

Todos que nos acompanharam no fechamento do Instituto Royal, juntem-se a nós em mais esta batalha!
Iremos nos reunir em frente ao Palácio do Governador, pacificamente.
Chegaremos no local na quinta-feira (16/01) e ficaremos até recebermos um posicionamento do Governador! Precisaremos de ativistas para revezamento no local!

https://www.facebook.com/events/455089541258288/455159044584671

 

Há também uma petição dirigida ao governador para assinar, clique aqui

 

Fonte: Mural Animal, IG

15 de jan. de 2014
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